domingo, 16 de fevereiro de 2014

Tenho visto mudanças...

Mudanças no tempo que anda quente demais
Mudanças nos dias que andam mais ocupados
Mudanças nas horas que têm passado muito mais rápido
Mudanças nos trabalhos que lidam com educandos
Mudanças na escola que anda cheia de dialética
Mudanças nas minhas ideias que andam a viajar por mares outros
Mudanças nos detalhes antes não vistos
Mudanças no corpo com mais dores e menos flexibilidade
Mudanças nos sonhos que não querem mais aqui
Mudanças nas experiências que me fazer aspirar mais
Mudanças na paciência que anda fugindo de mim
Mudanças na tristeza que anda presente em cada olhar
Mudanças na falta de um amor que está presente nos pensamentos


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Que a força do medo que tenho, não me impeça de ver o que anseio!

Metade 
Oswaldo Montenegro

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
A outra metade é silêncio

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Pois metade de mim é partida
A outra metade é saudade

Que as palavras que falo
Não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas como a única coisa
Que resta a um homem inundado de sentimentos
Pois metade de mim é o que ouço
A outra metade é o que calo

Que a minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que mereço
Que a tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que penso
A outra metade um vulcão

Que o medo da solidão se afaste
E o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita meu rosto num doce sorriso
Que me lembro ter dado na infância
Pois metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade não sei

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o seu silêncio me fale cada vez mais
Pois metade de mim é abrigo
A outra metade é cansaço

Que a arte me aponte uma resposta
Mesmo que ela mesma não saiba
E que ninguém a tente complicar
Pois é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Pois metade de mim é plateia
A outra metade é canção

Que a minha loucura seja perdoada
Pois metade de mim é amor
E a outra metade também

O ontem, hoje e o amanhã!

A dor dos olhos que choram
É uma ardência meio sonolenta, meio tristonha
A certeza da vida cheia de dores e marcas
Sempre me faz chorar

Por cada promessa que foi feita
Primeiro por você e depois por mim
Entretanto uma marca foi deixada
A da traição de ideias e desejos

Tenho essa esperança boba que o mundo vai ficar cor de rosa
Que vou me encontrar com aquele cara que sente o mesmo que eu
Eu insisto em sonhar no amor que pode se concretizar
Como aqueles estrangeiros que vêm pra o Brasil na busca das suas "caras metades" 

Eu sempre acho possível e tenho essa esperança 
Entrego-me sem pestanejar 
Eu disse a ele tantas coisas de mim
Tantas certezas eu dei

E nada adiantou, ainda precisa de mais
De mais mulheres e mais mães
Assim o mais fácil são outras pessoas
Ou talvez outras relações

Paro e me pergunto: 
O que há de errado comigo?!
A esperança cega?
A entrega impensada?
O coração aberto?

Acreditando que era uma pessoa diferente
Entreguei-me mais uma vez
Mas o medo e a mesmice venceram
Venceram em você, mas não em mim

A teimosia cega das taurinas 
É marca registrada da minha personalidade
Hoje os olhos ardem
O sono não vem

Ainda não vejo certezas
Aliás vejo somente frustração e desesperança
Espero que o amanhã que virá
Seja cheio de esperança novamente!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Banhar!

Acordar com a respiração acelerada é uma sensação deliciosa. Motivo? Foi um sonho contigo... Para dizer a verdade nem sei mesmo se estava dormindo ou acordada! 

O sonho?! Vamos lá! 


Cada detalhe, cada respiração, cada toque, cada beijo, cada olhar, cada gozo, eram reais... Reais no sonho, eu queria que fosse real na vida. Mas ainda temos que esperar! Esperar aquele encontro ansiado e desejado! Que nos fará estremecer e explodir!


Então ao sonho que nos é real hoje! Chegava em uma casa... Era num lugar outro, um lugar aberto e com grama e árvores. Tinha jardim e uma varanda que eram a entrada da sala, que era conjugada com a cozinha. Tudo aberto! Uma porta na sala levava ao corredor, onde se viam as portas dos quartos e do banheiro! 


Depois do trabalho ir estar contigo nesse lugar... Chegava, entrava pelo jardim e tu me esperavas lá, sentado. Sentei ao seu lado e nos beijamos. Conversamos um pouco e disse-lhe que iria tomar um banho. Outro beijo e saí. Entrei pela porta da sala, deixei as bolsas, fui até a geladeira e tomei um copo d'água. Passei pelo corredor, entrei no quarto tirei os sapatos, brincos, pulseiras e relógio. Tirei ainda, a blusa e a calça comprida... 


Tirei enfim, a calcinha e sutiã; já no banheiro e entrei no chuveiro. Estava uma noite quente e com a água quase fria, coloquei meu corpo todo embaixo dela... Deixei que ela me molhasse inteira, da cabeça aos pés, e com os olhos fechados e a mão na parede, tentava relaxar do dia e do cansaço que o calor faz conosco.


De repente, você abre o box e ao tomar um susto, abro os olhos e vejo seu corpo nu a se aproximar de mim. Chega devagar e me toma... Começa a beijar-me e beijar! Aqueles beijos que a gente quer quando sente vontade de devorar alguém... A sensação é de desejo mútuo e de refresco! O calor do corpo excitado misturado com o frescor da água que corre por nós.


O toque das mãos pelos corpos que não se largam e os beijos que não param. E tu me tocas nas partes mais sensíveis, me deixando trêmula e ofegante. Os corpos se tornam um. Assim por tempos e como se estivesse com fome, mas aquela fome de horas, ficamos! Tocar e ser tocada nos leva para a intimidade que tanto quero. 


Como que um susto, sou acordada... O desejo e o coração acelerado não conseguem me deixar em sono profundo... O corpo acorda o inconsciente! E ao me ver no quarto sozinha, deitada na cama; penso: Como é você?!