segunda-feira, 13 de junho de 2011

Sonho meu!

Sonhar é ter o impossível
Sonhar é fazer o impossível no possível
Sonhar é idealizar
Sonhar é sonhar
 
Sonhar me leva a acreditar
Acreditar que tudo pode, que tudo muda
Sonhar é fazer o real e irreal
Sonhar é fazer o melhor o maior
Sonhar é sonhar
 
Sonhar me leva a sentir além
Sonhar me faz ser
Sonhar me faz ir
Sonhar é sonhar 

Só!

Eu sozinha
Eu no mundo
Eu, com muita sonoridade e em tom grave
Eu, na vida com a música distoada pela gravidade da onda
Eu sozinha
Eu, solitária nunca
Eu no mundo
Eu sozinha

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Faz de conta ou não faz de conta!

Ao acordar recebo uma carta virtual de uma irmã com esse poema de Clarice Lispector, com a intenção de acalentar meu coração da dor de uma perda; coração partido:


Faz de conta

Faz de conta que ela era uma princesa azul pelo crepúsculo que viria,
faz de conta que a infância era hoje e prateada de brinquedos,
faz de conta que uma veia não se abrira e
faz de conta que sangue escarlate não estava em silêncio branco escorrendo e que ela não estivesse pálida de morte, estava pálida de morte mas isso fazia de conta que estava mesmo de verdade, precisava no meio do faz-de-conta falar a verdade de pedra opaca para que contrastasse com o faz-de-conta verde cintilante de olhos que vêem,
faz de conta que ela amava e era amada,
faz de conta que não precisava morrer de saudade,
faz de conta que estava deitada na palma transparente da mão de Deus,
faz de conta que vivia e que não estivesse morrendo pois viver afinal não passava de se aproximar cada vez mais da morte,
faz de conta que ela não ficava de braços caídos quando os fios de ouro que fiava se embaraçavam e ela não sabia desfazer o fino fio frio,
faz de conta que era sábia bastante para desfazer os nós de marinheiros que lhe atavam os pulsos,
faz de conta que tinha um cesto de pérolas só para olhar a cor da lua,
faz de conta que ela fechasse os olhos e os seres amados surgissem quando abrisse os olhos úmidos da gratidão mais límpida,
faz de conta que tudo o que tinha não era de faz-de-conta,
faz de conta que se descontraíra o peito e a luz dourada a guiava pela floresta de açudes e tranqüilidade,
faz de conta que ela não era lunar,
faz de conta que ela não estava chorando.
C.L.

Ao lê-lo fiquei emocionada e vibrante, então respondi com sentimentos escritos:

Eu fiz de conta que fazia de conta...
Por isso foi real...
E vivi...
Certa que fui eu mesma...

Afetei e deixei-me afetar, toquei e deixei-me tocar...
Certa que ser no e com o outro é possível a dor, além da alegria e felicidade do prazer de amar...
Mas na presença das "fratelas", o ouvido apurado no que me diziam: que eu posso, que eu mereço e que nem sempre o pecado está em mim!
Agora sinto dor e deixo rolar lágrimas, pela saudade do antes e a possibilidade do que poderia ser o depois...
Certa que fui eu mesma...
E vivi...

Obrigada minha amiga!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Anoitecer no balneário!

Ao anoitecer de uma sexta-feira 13 a novidade com a chegada de um pombo correio. Em sua perna uma mensagem, onde dizia: “Que pensas de um passeio ao balneário das Canelas Verdes?!” A resposta teve de ser imediata pela pressa do Cavalheiro que ansioso, já imagina uma negativa. Alguns dizem ser coisa dos signos, outros da psique, outros ainda da personalidade; mas a ansiedade atravessa os ossos, carnes e mentes.
A resposta da Dama veio imediata e obviamente positiva. Parte então, a Dama em sua carruagem para o passeio ao balneário. Com dúvidas e sorrisos, advindos depois de um dia longo de latejamento dos ossos e da alma... Ao chegar meio inibida, meio contente, meio a espera de uma surpresa; enfim, encontra o Cavalheiro que a convidara.
O Cavalheiro a espera para o passeio. Passeio este em muitos momentos cantados... O Cavalheiro é cantor; sim cantor... Pura “Jovem Guarda”! Vibraram a estalagem e as pessoas que ali estavam!
O passeio deixou a Dama encantada; ao conhecer o “mundo” do seu nobre Cavalheiro e seu pacto de amor eterno ao seu território!
Durante o decorrer do passeio, houve um belo encontro! A Dama e o Cavalheiro conheceram outro casal deveras simpático e cordial; deixando de ser um passeio a dois passando ser a quatro! Ao termino do passeio, já em uma casa de pães os dois casais se sentiam tão próximos que ao encerrar o encontro, fizeram promessas e juras! Novos encontros e passeios se darão!
Ao chegar à casa do Cavalheiro a Dama se sentiu envergonhada, por se ver a fazer rupturas dos padrões de moralidade e ética religiosas ou não! Entretanto, estar com seu nobre Cavalheiro deu-lhe coragem para ultrapassar algumas dificuldades; assim desfrutando de suas peles e cheiros! Ao sono dos justos e toque dos amantes!
No entanto, a doce Dama se via por diversos momentos a pensar! Sobre várias passagens, mas principalmente sobre aquele dia passado e a noite vivida!
A dor dos ossos houvera de dissipado por inteiro e os sorrisos dos lábios haviam se instalado, mesmo a dormir...
As certezas da vida nada mais se faziam para ela; as estruturas e verdades já não eram tão importantes, o mundo então visto de outro olhar! E por quê?
Difícil de responder pensa a Dama, que se vê com outros olhares; um olhar por vezes lutado para que não o fosse feito ou acontecesse; um olhar muitas vezes impermeável e impenetrável! 
A Dama decidiu transformar seus olhares e suas capacidades...Agora a dureza que aprendera outrora se tornara doçura - se bem que dizem ser ela deveras "manteiga derretida", seria sinônimo de amorosa?! - a diferença seria a presença do Cavalheiro?!! Quem saberá?! Pensa!
Pode ela pensar ser o tempo, que a mudou nos anos recentes; pode ela pensar serem os atravessamentos de pessoas em sua vida; pode ela pensar serem os medos transpostos ou não; pode ela penser serem as reflexões feitas a partir das leituras dos últimos meses; ou então pode ela pensar ser sim a presença sorrateira a princípio do Cavalheiro, que se tornara doce e forte!
Incertezas certas!
Certeza única da amorosa Dama no momento foi a pura volúpia que o passeio com o nobre Cavalheiro lhe trouxe!


sexta-feira, 13 de maio de 2011

Vibrei e vivi!

Eis me, depois de um hiato no meu diário virtual!

Retorno com os 37 anos completos e com devir corporificado; que vibra, que transborda, visível que chega a ser palpável – como diz uma amiga – mas o devir é devido ao tanto que vivo intensamente.

Vivo os afetos e os desejos de forma extrema!

Nestes tempos de sentimentos descartáveis; vivo os sentimentos como a descoberta da criança com a novidade – que se espanta, que a deixa estupefata, que a deixa entorpecida e eletrizada – sem perder o interesse depois que experimenta o novo gosto e o naturaliza.

Vivo os dias como quem saboreia cada pedaço de doce antes dos dias das mulheres sangrando. Com a beleza e alegria de quem sente e vibra, que endurece e flexibiliza, que se vê forte e ao mesmo tempo frágil – diz a mesma amiga de antes: um paradoxo vivo!

Entretanto a vida hoje se fez “Atrás da Porta”, invisível! Com sentimentos acorrentados e latejantes de chegar a doer...

Languidez na alma e na cama, como se a vida tivesse tirado o sabor do doce!

A diferença do devir que se dá aos 37 anos completos são as certezas: de que cada ser é único, que cada sentimento também, que as certezas são incertezas como se olha e por fim, o tempo!

Quero que as certezas corporifiquem em afetos, sentimentos e desejos sempre e que as dores latejantes sempre vibrem na carne!

Viver na vibração do corpo é e será sempre a busca incessante que apetece a dor dos meus ossos!

Dedico a você o “Encantado” toda a dor dos meus ossos, a languidez da alma, a vibração do corpo e dos sentimentos, o prazer da cama, a felicidade do encontro, o espaço preenchido nos dias passados; sem arrependimentos: Vibrei e Vivi!
Continuo vivendo!