quinta-feira, 19 de maio de 2011

Anoitecer no balneário!

Ao anoitecer de uma sexta-feira 13 a novidade com a chegada de um pombo correio. Em sua perna uma mensagem, onde dizia: “Que pensas de um passeio ao balneário das Canelas Verdes?!” A resposta teve de ser imediata pela pressa do Cavalheiro que ansioso, já imagina uma negativa. Alguns dizem ser coisa dos signos, outros da psique, outros ainda da personalidade; mas a ansiedade atravessa os ossos, carnes e mentes.
A resposta da Dama veio imediata e obviamente positiva. Parte então, a Dama em sua carruagem para o passeio ao balneário. Com dúvidas e sorrisos, advindos depois de um dia longo de latejamento dos ossos e da alma... Ao chegar meio inibida, meio contente, meio a espera de uma surpresa; enfim, encontra o Cavalheiro que a convidara.
O Cavalheiro a espera para o passeio. Passeio este em muitos momentos cantados... O Cavalheiro é cantor; sim cantor... Pura “Jovem Guarda”! Vibraram a estalagem e as pessoas que ali estavam!
O passeio deixou a Dama encantada; ao conhecer o “mundo” do seu nobre Cavalheiro e seu pacto de amor eterno ao seu território!
Durante o decorrer do passeio, houve um belo encontro! A Dama e o Cavalheiro conheceram outro casal deveras simpático e cordial; deixando de ser um passeio a dois passando ser a quatro! Ao termino do passeio, já em uma casa de pães os dois casais se sentiam tão próximos que ao encerrar o encontro, fizeram promessas e juras! Novos encontros e passeios se darão!
Ao chegar à casa do Cavalheiro a Dama se sentiu envergonhada, por se ver a fazer rupturas dos padrões de moralidade e ética religiosas ou não! Entretanto, estar com seu nobre Cavalheiro deu-lhe coragem para ultrapassar algumas dificuldades; assim desfrutando de suas peles e cheiros! Ao sono dos justos e toque dos amantes!
No entanto, a doce Dama se via por diversos momentos a pensar! Sobre várias passagens, mas principalmente sobre aquele dia passado e a noite vivida!
A dor dos ossos houvera de dissipado por inteiro e os sorrisos dos lábios haviam se instalado, mesmo a dormir...
As certezas da vida nada mais se faziam para ela; as estruturas e verdades já não eram tão importantes, o mundo então visto de outro olhar! E por quê?
Difícil de responder pensa a Dama, que se vê com outros olhares; um olhar por vezes lutado para que não o fosse feito ou acontecesse; um olhar muitas vezes impermeável e impenetrável! 
A Dama decidiu transformar seus olhares e suas capacidades...Agora a dureza que aprendera outrora se tornara doçura - se bem que dizem ser ela deveras "manteiga derretida", seria sinônimo de amorosa?! - a diferença seria a presença do Cavalheiro?!! Quem saberá?! Pensa!
Pode ela pensar ser o tempo, que a mudou nos anos recentes; pode ela pensar serem os atravessamentos de pessoas em sua vida; pode ela pensar serem os medos transpostos ou não; pode ela penser serem as reflexões feitas a partir das leituras dos últimos meses; ou então pode ela pensar ser sim a presença sorrateira a princípio do Cavalheiro, que se tornara doce e forte!
Incertezas certas!
Certeza única da amorosa Dama no momento foi a pura volúpia que o passeio com o nobre Cavalheiro lhe trouxe!


sexta-feira, 13 de maio de 2011

Vibrei e vivi!

Eis me, depois de um hiato no meu diário virtual!

Retorno com os 37 anos completos e com devir corporificado; que vibra, que transborda, visível que chega a ser palpável – como diz uma amiga – mas o devir é devido ao tanto que vivo intensamente.

Vivo os afetos e os desejos de forma extrema!

Nestes tempos de sentimentos descartáveis; vivo os sentimentos como a descoberta da criança com a novidade – que se espanta, que a deixa estupefata, que a deixa entorpecida e eletrizada – sem perder o interesse depois que experimenta o novo gosto e o naturaliza.

Vivo os dias como quem saboreia cada pedaço de doce antes dos dias das mulheres sangrando. Com a beleza e alegria de quem sente e vibra, que endurece e flexibiliza, que se vê forte e ao mesmo tempo frágil – diz a mesma amiga de antes: um paradoxo vivo!

Entretanto a vida hoje se fez “Atrás da Porta”, invisível! Com sentimentos acorrentados e latejantes de chegar a doer...

Languidez na alma e na cama, como se a vida tivesse tirado o sabor do doce!

A diferença do devir que se dá aos 37 anos completos são as certezas: de que cada ser é único, que cada sentimento também, que as certezas são incertezas como se olha e por fim, o tempo!

Quero que as certezas corporifiquem em afetos, sentimentos e desejos sempre e que as dores latejantes sempre vibrem na carne!

Viver na vibração do corpo é e será sempre a busca incessante que apetece a dor dos meus ossos!

Dedico a você o “Encantado” toda a dor dos meus ossos, a languidez da alma, a vibração do corpo e dos sentimentos, o prazer da cama, a felicidade do encontro, o espaço preenchido nos dias passados; sem arrependimentos: Vibrei e Vivi!
Continuo vivendo!